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São Valentim, o bispo que inspirou o Dia dos Namorados no exterior



O Dia dos Namorados, ou “Valentine’s Day” – que traduzido seria “Dia de São Valentim” –, é celebrado no dia 14 de fevereiro pelos casais apaixonados da Europa e dos Estados Unidos . A data está diretamente ligada a São Valentim, o santo do amor. Mesmo que aqui no Brasil estejamos mais acostumados a celebrar a ocasião no dia 12 de junho, há quem escolha comprar um presentinho em ambas as datas. Saiba de onde vem esta celebração, que na verdade começou ainda antes de São Valentim.




O dia de São Valentim... antes de São Valentim!


Quando cristianizou os povos, a Igreja Católica procurou substituir as celebrações pagãs, fazendo coincidir as datas mais importantes com festividades católicas para que as pessoas as aceitassem melhor. Assim, é possível que a escolha da data 14 de Fevereiro para celebração do dia de São Valentim não tenha acontecido por acaso.

É que na Roma Antiga o dia 15 de Fevereiro era consagrado a uma festa importante chamada Lupercália. Esta festa já era festejada ainda antes dos Romanos. Celebrava o fim do ano, porque para os pagãos o ano começava a 21 de Março, com a chegada da Primavera, e era dedicada ao Fauno Lupércio, o nome romano atribuído a Pã, o fauno da mitologia grega. Conta a lenda que Pã, o fauno, se havia transformado em loba para amamentar os gémeos Rómulo e Remo (Rómulo viria a ser o fundador de Roma). Esta festa (Lupercália deriva de lupa, que significa "loba") era inicialmente realizada na gruta de Lupercal, no monte Palatino, porque teria sido aí que Pã se havia transformado em loba.

Esta era uma festa de purificação, na qual eram feitos sacrifícios para oferecer aos deuses. Escolhiam-se sacerdotes, que se reuniam na gruta de Lupercal para sacrificar dois bodes e um cão, usando o sangue dos animais para se ungirem na testa. A lâmina era limpa depois com lã embebida em leite. Os sacerdotes vestiam pele dos animais, da qual arrancavam tiras com que chicoteavam as pessoas que se encontravam a assistir à cerimónia, especialmente as mulheres estéreis, para que se tornassem férteis. Este ritual estava profundamente ligado ao culto do deus Pã, o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Pã tinha chifres, orelhas e pernas de bode, porque era filho de Zeus com a sua ama de leite, a cabra Alteia.


Toda esta celebração visava a purificação da cidade de Roma, afastando os maus espíritos, as doenças e a esterilidade. Era um importante rito de passagem, que celebrava a vida, representando a morte e a ressurreição. Esta festa era muito importante para os Romanos, tendo sido depois proibida pelo Papa Gelásio I. Para que os povos não se revoltassem por perderem esta importante celebração, a Igreja Católica atribuiu o dia 14 de Fevereiro à celebração do Dia de São Valentim, protetor dos apaixonados. Esta festa que antes foi consagrada à celebração da fertilidade e da vida, passou a ser o dia dedicado aos casais apaixonados.





O bispo São Valentim viveu durante Império Romano, no século 3 – tempo em que muitas guerras estavam acontecendo. Naquela época, o Imperador Cláudio II proibiu o casamento porque achava que soldados solteiros eram combatentes melhores. Mas Valentim realizou muitas uniões clandestinamente. Até que um dia ele foi descoberto, preso e condenado à morte. Mesmo atrás das grades, o bispo recebeu cartas e flores de pessoas que acreditavam no amor e queriam agradecê-lo por realizar seus casamentos. Também foi no cárcere que Valentim se apaixonou por uma mulher, mesmo sabendo que jamais ficariam juntos. A moça era cega e filha de um dos carcereiros. Reza a lenda que foi Valentim que, milagrosamente, a fez enxergar novamente. Antes de sua execução, no dia 14 de fevereiro de 269 d.C., o bispo escreveu uma carta de despedida à sua amada, terminando o texto com a frase: “De seu Valentim”.



Mais de 200 anos depois, no ano de 496, o Papa Gelásio declarou Valentim santo, fazendo com que milhões de religiosos recordassem seus feitos. A data de sua morte foi escolhida pela Igreja como Dia dos Namorados para incentivar casais que pretendiam se unir em matrimônio e para substituir a festa da Lupercália.

Apesar de não ter ficado com sua amada, não há dúvidas de que Valentim deixou um legado para o mundo. O “Valentine's Day" é até hoje uma das datas mais apaixonantes do ano.


O amor é aquela força à prova de fogo que sempre nos inspira e nos dá vida. Celebremos, portanto, o dia de São Valentim não apenas em 14 de fevereiro, mas em todos os dias do ano.









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