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  • O charme atemporal da elegância feminina

    Num mundo que se move a um ritmo acelerado, o fascínio da elegância feminina continua a ser um exemplo intemporal de graça, sofisticação e equilíbrio. A elegância não é apenas um estilo; é o reflexo de uma força interior, de uma confiança tranquila que tendências passageiras. A Arte do Equilíbrio A elegância feminina começa com a arte do equilíbrio – um equilíbrio gracioso que irradia de dentro. Está no balanço suave de um passo confiante, nos gestos sem pressa que falam de autoconfiança. A elegância convida-nos a adotar uma atitude serena, transcendendo o caos do mundo e deixando uma marca indelével em quem testemunha a sua manifestação. Simplicidade no Estilo A elegância prospera na simplicidade. O fascínio atemporal de uma roupa bem feita, uma silhueta clássica ou um acessório sutil diz muito sobre a compreensão do indivíduo sobre a arte de vestir. A simplicidade reside na capacidade de transmitir sofisticação sem excessos, apresentando um gosto requintado que resiste ao teste do tempo. O Poder da Etiqueta A elegância feminina está entrelaçada com o poder da etiqueta – uma apreciação pela cortesia, gentileza e consideração. A polidez e as boas maneiras não estão desatualizadas; eles são a base de uma existência equilibrada. Ser elegante vai além da aparência física, abrange a maneira como tratamos os outros e nos movemos pelo mundo com respeito e graça. Confiança como Coroa A verdadeira elegância é uma coroa usada com confiança. É a segurança que advém de abraçar o próprio eu autêntico e irradiar uma graciosidade interior que cativa as pessoas ao seu redor. A confiança não é orgulhosa, ela é uma segurança tranquila e constante que permite que a elegância feminina brilhe intensamente, iluminando os espaços que ela adorna. A Resistência da Atemporalidade O que torna a elegância feminina verdadeiramente encantadora é a sua resistência ao longo do tempo. Não está confinado a uma época ou tendência de moda específica, mas é uma presença perpétua que atravessa os tempos. A intemporalidade é sua verdadeira marca e o seu apelo duradouro continua a inspirar e influenciar gerações. Adoro poder incorporar o charme duradouro do estilo elegante/clássico, deixando um legado de graça que transcende a natureza transitória das tendências e modismos. :) por ANNA GABRIELA MINEIRO

  • Desvendando o Legado da Dinastia Tudor

    Os Tudor assumiram a coroa inglesa em 1485. Henrique VII deu início à linhagem que teve como sucessores Henrique VIII, Eduardo VI, Mary I e Elizabeth I. Durante a dinastia, houve o rompimento com a Igreja Católica e a fundação da Igreja Anglicana e a Inglaterra atingiu alto nível de desenvolvimento político, econômico e cultural. O reinado de Henrique VII marcou estabilidade após anos de conflito. Seu casamento com Elizabeth de York simbolizou a união das casas beligerantes de Lancaster e York, promovendo uma tentativa de paz. A prudência financeira e a diplomacia reforçaram a estabilidade do reino, preparando o terreno para o seu filho, Henrique VIII, cujo reinado redefiniria a história inglesa. O reinado de Henrique VIII foi uma saga de grandeza e controvérsia. A sua busca por um herdeiro homem levou ao famoso rompimento com Roma, estabelecendo a Igreja da Inglaterra e transformando o cenário religioso do país. Os seus seis casamentos, nomeadamente a anulação de Catarina de Aragão e o subsequente casamento com Ana Bolena, desencadearam mudanças sísmicas na fé e no poder. Em meio a essas mudanças tumultuadas, a filha de Henrique, a rainha Maria I, ascendeu ao trono com o objetivo de restaurar o catolicismo. Seu fervor em restabelecer a autoridade papal rendeu-lhe o epíteto de "Bloody Mary" devido à perseguição aos protestantes. No entanto, o seu curto reinado abriu caminho para a sua meia-irmã, Isabel I, cujo governo se tornou sinónimo de uma era de ouro. O reinado de Elizabeth I é frequentemente apelidado de "Era Elizabetana", conhecida por suas artes, literatura e exploração florescentes. A derrota da Armada Espanhola solidificou o domínio marítimo da Inglaterra, fomentando um sentimento de orgulho nacional. As astutas manobras políticas de Elizabeth e sua habilidade em navegar em um reino dominado pelos homens solidificaram sua reputação como monarca formidável. A era Tudor foi mais do que apenas os reinados dos seus monarcas; testemunhou mudanças sociais, avanços tecnológicos e o florescimento das ideias renascentistas. A exploração e o comércio expandiram os horizontes, enquanto a literatura e as artes floresceram sob o patrocínio real. O fim da dinastia com a rainha Elizabeth I, sem filhos, marcou o fim de uma época de transformação. Os Tudors deixaram uma marca indelével na história inglesa, moldando a identidade, a governo e a cultura da nação, preparando o terreno para as dinastias que se seguiram e consolidando o seu lugar como uma das famílias governantes mais emblemáticas da Inglaterra.

  • Ana Bolena Parte II – Anulação do casamento de Henrique VIII

    Antes de casar-se com Catarina de Aragão, Henrique VIII havia recebido do Papa, uma bula papal concordando que ele poderia casar-se com a esposa de seu falecido irmão, o Príncipe Arthur. Quando Henrique e Catarina se casaram em junho 1509, ambos eram católicos romanos, assim como todos na Inglaterra, e a pena por heresia era a morte. Após anos de matrimônio e inúmeros abortos, Henrique soube, por volta de 1524 ou 1525, que sua esposa Catarina não daria a luz novamente. Neste momento ele passou a notar a outra filha de Thomas Bolena, a jovem Ana Bolena. Em 1527, Henrique decidiu pedir ao Papa uma dispensa para casar-se novamente. No entanto, as crenças da Igreja Católica eram simples e claras. Somente o Papa poderia anular um casamento e como a Igreja sempre acreditou na santidade do matrimônio e da família, um divórcio naquela época, era uma ocorrência razoavelmente rara. Em muitos sentidos, esperavam que as famílias reais da Europa definissem padrões a serem seguidos. Portanto, a crença de Henrique, de que ele deveria ter um divórcio, simplesmente pelo fato de ser o rei da Inglaterra e do País de Gales, não era compartilhada pelo Papado. Henrique então, usou seus conhecimentos da Bíblia como tentativa de justificar seu pedido de anulação do casamento. Ele usou o Antigo Testamento (Levítico capítulo 20 versículo 21), onde refere-se que: “Se um homem tomar por mulher a mulher de seu irmão, impureza será; descobrirá a nudez de seu irmão, ficarão sem filhos”. Henrique argumentou que desde o início, seu casamento com Catarina, havia ido contra as leis de Deus , apesar da bênção papal em 1509. Ele portanto, viveu em pecado, e o Papa deveria anular seu casamento para que ele pudesse corrigir esta situação. Como “Defensor da Fé” – um título concedido a Henrique, pelo seu ataque a obra de Martinho Lutero em 1521, ele acreditava que o problema com sua anulação logo seria resolvido. Nunca saberemos com clareza, se Henrique realmente acreditou que seu casamento estava aberto a questionamento, se ele apenas estava cobiçando Ana, ou ambos. Em novembro de 1528, Henrique fez um discurso magistral para nobres ingleses em Bridewell, Londres, explicando que Catarina era nobre e virtuosa e que em outras circunstâncias ele casaria-se com ela de novo. Mas que devido ao que havia ocorrido, ele havia vivido um ”detestável e abominável adultério”. Edward Hall, escreveu sobre o discurso, afirmando que ele foi feito com grande paixão. No entanto, Henrique era um ótimo orador e sabia muito bem como lidar com o público, deixando uma dúvida sobre o quanto ele acreditava em seu discurso. Há certas dúvidas sobre o Cardeal Wolsey ter dado garantias a Henrique, de que a anulação era simplesmente uma questão de disciplina. Wolsey, como um cardeal, havia também sido nomeado ”Legatus um legere” pelo Papa – que fez dele a figura religiosa mais poderosa efetivamente baseada na Inglaterra. É fácil imaginar a cena de Wolsey convencendo Henrique de que possuía contatos em Roma, algo que o rei gostaria que fosse fácil de obter. Wolsey, é claro, estava disposto a fazer qualquer coisa para agradar seu mestre e decidiu então, usar o argumento de que a bula papal original que sancionou o casamento em 1509 era inválida, e que deveriam salvar um inocente rei da danação eterna, deixando que ele se casasse novamente. O cardeal estava certo de que o Papa iria anular o casamento, pois como ele estava em posição vulnerável, precisaria do apoio de cada monarca cristão – especialmente com o imprevisível avanço dos turcos muçulmanos no Mediterrâneo. Tanto Henrique quanto o Cardeal Wolsey, devem ter achado que sua campanha para a anulação do casamento seria um caso rápido e simples. Nada ocorreu como o planejado. Não houve solução rápida e o resultado mais imediato seria o fim da influência de Cardeal Wolsey, que foi obrigado a sair de Londres e viver em circunstâncias muito menos favorecidas em York (onde foi o arcebispo). A abordagem em Roma, foi dar ao assunto uma importância teológica, o que explicou o atraso. A chave foi dissecar o que realmente estava escrito no Levítico. O argumento rebatido foi que você realmente não poderia casar-se com a mulher de seu irmão se ele estivesse vivo. Como Arthur estava morto, isso não seria um problema, e certamente não condenaria o Rei a danação eterna, pois não iria contra a vontade de Deus. Henrique recusou-se a aceitar tal versão, pois ele acreditava que a sua era a correta. Ele reuniu um grande número de teólogos peritos para escrever ensaios que apoiavam seu ponto de vista, sendo eles, bem recompensados por isso. Em contrapartida, foram escritos uma série de ensaios em Roma para apoiar ponto de vista do Papado. No entanto, haviam pessoas na Inglaterra que apoiaram o ponto de vista do Papa, eram eles o bispo de Rochester e o bispo Fisher, que escreveu sete livros em apoio à Catarina, tornando-se seu maior defensor na Inglaterra. No inverno de 1532, Henrique participou de um evento com o rei da França em Calais, e logo tudo mudaria…. CONTINUA EM… ANA BOLENA Parte III – O casamento com Henrique VIII.

  • Jane Seymour- A esposa mais amada de Henrique VIII

    Jane Seymour, foi a terceira mulher do Rei Henrique VIII da Inglaterra. Ela morreu de febre puerperal, em 24 de outubro de 1537 aos seus 29 anos e havia acabado de dar a única coisa que Henrique mais queria no mundo; um filho varão, o futuro Rei Eduardo VI. Jane Seymour foi uma pessoa fascinante, não do mesmo modo que Ana Bolena e sim, como uma das maiores contradições da história. Tornou-se dama de companhia da Rainha Catarina de Aragão em 1532 e depois, serviu a famosa Rainha Ana Bolena, passando a ser notada pelo Rei. O primeiro relato de interesse de Henrique VIII em Jane Seymour, foi em fevereiro de 1536. Era pálida, loira, tranquila e maleável, tudo o que Ana não era e também, não foi tão bem educada como as esposas anteriores de Henrique: Catarina de Aragão e Ana Bolena. Sabia ler e escrever um pouco, mas era muito melhor em costura e administração do lar, devido a isto expressava suas opiniões para Henrique, com muito menos frequência e não era obstinada e argumentativa como as mulheres que a precederam, no entanto, quando aventurou-se a falar com Monarca sobre algumas coisas, como os fechamentos (e saques) das casas religiosas ou para solicitar o perdão para os participantes da rebelião da “Peregrinação da graça”, foi alertada pelo mesmo, a lembrar-se do destino que sua predecessora encontrou, quando “interferiu em seus assuntos”. Após sua morte em Hampton Court Palace, Henrique vestiu-se de preto por um longo período e não casou-se novamente por três anos, embora as negociações matrimoniais, tivessem iniciado logo após sua morte. Segundo muitos historiadores, ela foi a esposa favorita de Henrique, pois deu à luz a um herdeiro varão. Quando morreu em 1547, Henrique foi enterrado ao lado de Jane na Capela de St. George, em Windsor. A razão de ser uma contradição, é porque Jane manteve com sucesso a imagem de saudável e doce Rainha por 500 anos, apesar de fazer exatamente o que Ana Bolena fez, só que melhor! Sempre soube-se que os Bolenas eram tidos como alpinistas-sociais, mas a questão é, que os Seymours não só também eram, como eram melhores. Ambos irmãos de Jane, acabaram sendo executados por traição, após usar sua memória, para construir fortuna e carreira.Quanto a doce doce Jane, quando Henrique ofereceu-a pela primeira vez seus afetos, ela certamente, não desanimou-se pelo fato do Rei, já ter uma Rainha, ou por respeitar seus votos de casamento. Ela aprendeu com Ana, que não precisava ser apenas uma amante e que uma dama de companhia, poderia usurpar uma Rainha, sendo exatamente o que ela fez. Há evidências de que ela sabia exatamente o que seu relacionamento com Henrique, estava fazendo ao casamento dele, além de saber que em tal altura, Ana certamente não iria gerar um herdeiro vivo, assim como Catarina não o fez. Isso não quer dizer que Henrique não teria encontrado uma maneira de livrar-se de Ana, se não tivesse caído de amores por Jane. Mas sem uma mulher à espera nos bastidores, será que Henrique teria optado por uma execução? Afinal, o desastre com Catarina ainda estava fresco em sua mente e não queria ter que esperar para casar-se com Jane e obter um herdeiro do sexo masculino, enquanto podia mandar Ana para o tribunal. O que poderia ser mais rápido e menos incômodo do que decapitar uma mulher um dia e ficar noivo no próximo? Quanto a bondade de Jane com Lady Mary (filha de Catarina) e Lady Elizabeth (filha de Ana; ao contrário do quem acreditam, ela foi uma boa madrasta, apenas não tão devota) é uma algo no qual nunca poderei culpá-la. Ao contrário de Ana, Jane era amorosa, uma madrasta doce, não importasse para qual criança. Fez Henrique resolver seus problemas com suas filhas, ter uma vida familiar normal e dar-lhes a atenção que mereciam. Sendo assim, ela foi genuinamente boa. Hoje muitos desprezam o conceito ( histórico), de que Jane, foi uma simples moça que deu sorte, por estar no lugar certo, na hora certa. Ela mostrou, que não precisava de uma educação formal, para saber que tinha o poder e usou-o sabiamente. Esta mulher, supostamente inocente e sua família, certamente tiveram um papel na queda e morte de Ana, mas que de alguma forma, escapou aos olhos da história.

  • O ADORÁVEL ROCOCÓ

    Leveza dos traços, linhas delicadas, suavidade das cores, gosto pelo refinado e design elegante. São essas algumas das características desse precioso movimento artístico, que possui minha inteira afeição no mundo da arte. Quando se trata da sociedade aristocrática moderna, imagens de uma era muito glamorosa e ricamente ornamentada nos vem a mente. Um dos movimentos artísticos que mais contribuiu para a construção dessa imagem é o Rococó. Este movimento artístico, sobretudo do século XVIII, marca a transição do Barroco para o Neoclassicismo. Esta forma de arte dominou os campos da arquitetura, escultura e pintura, complementando-se. Um ponto muito importante desse movimento é entender a arte como um fim em si mesma. Não se destina a provocar pensamentos profundos ou provocar o espectador. Pelo contrário, é feito para a contemplação da beleza pura e simples. Na esfera social, o rococó é geralmente considerado como a reação da aristocracia e da burguesia francesa ao esplendor do movimento artístico anterior, o barroco. O termo rococó vem do francês rocaille, que se traduz aproximadamente como "concha" em português, o que é significativo porque muitas vezes podemos ver as linhas de conchas associadas aos elementos decorativos desse estilo. Também pode ser associada à palavra "embrechado", técnica de cobertura de conchas e cacos de vidro originalmente utilizada para decorar cavernas artificiais. O termo "Iluminismo" talvez seja mais frequentemente associado ao século XVIII. Um século de relativa paz na Europa marcado pela Revolução Americana em 1776 e pela Revolução Francesa em 1789. No contexto da história das formas artísticas e de expressão, o Iluminismo começou sob o signo do Barroco. Quando terminou, a gramática estilística do neoclassicismo dominava a obra dos artistas. Entre ambos, existiu o Rococó. Para melhor compreender os valores refletidos desta direção artística, é necessário recuar ao século XVII e verificar que durante o reinado de Luís XIV, ou seja, de 16 3 a 1715, a França foi um estado centralizado e autoritário. um governo que deu à arte um caráter clássico. Quando Luís XIV morreu em 1715, a corte mudou-se de Versalhes para Paris e tornou-se associada a comerciantes, financistas e banqueiros ricos e bem-sucedidos que não haviam nascido na aristocracia. Mas, graças à sua riqueza, puderam apadrinhar os aristocratas, o que lhes deu prestígio pessoal para serem aceitos na sociedade aristocrática. Assim, tornaram-se os clientes preferidos dos artistas, que passaram a produzir pequenos quadros e estatuetas de porcelana para uso doméstico de acordo com o gosto da sociedade da época. A arte rococó refletia, portanto, os valores de uma sociedade vaidosa que procurava nas obras de arte algo que lhe trouxesse alegria e os fizesse esquecer os seus verdadeiros problemas. Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos nas molduras. Uma galante festa onde os pintores expressavam os costumes e atitudes da sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver e dos prazeres sensuais. Além disso, combina leveza, simpatia, elegância, alegria, frivolidade e vitalidade.

  • Vittorio Reggianini – O Cotidiano em Cetim

    Vittorio Reggianini foi um pintor de gênero italiano do século XIX especializado em cenas de vida burguesa. Nascido em Modena, Itália, em 1858, Reggianini fazia parte de um grupo de artistas chamados "Figurinistas", que buscavam reviver a sofisticação do passado pintando uma versão romantizada da cultura durante um tempo de grande conflito militar. Ele pintou habilmente a moda contemporânea e a opulência, especialmente focada em pintar as sedas e cetim de vestidos e revestimentos de piso e parede. Ele estudou e mais tarde lecionou na Accademia di Belle Arti em Modena, Itália. O artista morreu em 1938.

  • Paul Cézanne

    Paul Cézanne foi um pintor francês do movimento pós-impressionista. Dono de um espírito inovador, mente brilhante e um temperamento difícil, ele destacou-se na pintura e ainda, influenciou grandes artistas como Matisse e Pablo Picasso. Paul Cézanne nasceu em 19 de janeiro de 1839 na cidade francesa de Aix-en-Provence. Já com dez anos começou a fazer aulas de desenho. No entanto, por insistência de seu pai, entrou para a faculdade de Direito. Em 1861 mudou-se para Paris com o intuito de estudar na escola de Belas Artes. Contudo, não foi aceito no Instituto e por isso, retornou à sua cidade natal. Ali permaneceu somente um ano, pois decidiu voltar à Paris. Já na capital, Cézanne se candidatou para a Académie Suisse onde conheceu diversos artistas do movimento impressionista: Renoir, Manet e Pisarro. Participou de algumas exposições com os impressionistas, embora tenha lutado muito tempo para ser aceito no Salão de Paris. Isso porque a crítica e as obras de grandes pintores eram expostas ali. Com constante rejeição e hostilizado pelo público pariense, Cézanne resolve voltar a Aix-en-Provence. O artista nunca se casou e após a morte de seus pais passou a viver isolado. Durante esse período continuou trabalhando e produzindo diversas obras. Cézanne faleceu em sua cidade natal dia 22 de outubro de 1906. Após sua morte, seu trabalho começou a ser reconhecido e hoje em dia ele é considerado um dos maiores pintores modernos do mundo. As obras de Cézanne transitam entre o impressionismo e o cubismo. Assim, podemos encontrar elementos bem próximos das duas vertentes como a busca pela luz e cores característica típica dos impressionistas, que pintavam suas obras ao ar livre. E, ainda, o uso de formar geométricas, característica mais marcante do movimento cubista. Cezánne produziu paisagens, retratos e natureza morta. Suas obras destacam-se, pois, o pintor foi inovador nas técnicas desde a mudança da perspectiva, ressaltando a forma, o volume e o peso dos objetos.

  • O amor na Idade Média

    Por volta do século XII – período então conhecido como Baixa Idade Média –, um tipo específico de “amor”, ou de comportamento amoroso, desenvolveu-se. Tratava-se do amor cortês. Por amor cortês entende-se o tipo de amor que idealizava a pessoa amada, elevando-a a um plano etéreo, isto é, quase divino. Além disso, havia na atmosfera do amor cortês o “jogo amoroso”, que se instalava a partir do momento em que um terceiro cavalheiro passava a cortejar a dama casada, alimentando o orgulho desta e despertando os ciúmes do esposo. Muitos historiadores concordam que o amor cortês medieval tenha aparecido inicialmente na região da Occitânia, situada entre o sul da França e a Espanha, e que suas raízes provenham da cultura árabe, que se instalou durante séculos nessa região. Havia entre os árabes “certa exaltação idealizante da mulher”, como propôs o pesquisador português José Maria Silva Rosa em seu ensaio “A Transfiguração Espiritual do Amor Cortês em Bernardo de Claraval". De tal exaltação nasceu uma forma amorosa de tonalidade mística, isto é, um tipo de “comunhão” entre as almas dos amantes, tal como há na “comunhão” mística dos religiosos com Deus. Foi nesse contexto que surgiu o ideal da cortesia. Fazer a corte implicava a submissão e fidelidade incondicional à mulher amada por parte do cavaleiro medieval. As honras da cavalaria e o prestígio ganho pelo cavaleiro habilitavam-no a prostrar-se diante da dama desejada. Alguns historiadores observaram que nesse gesto havia também certa reprodução simbólica das relações sociais do sistema feudal que se davam entre senhores e vassalos. No que se referia ao “jogo amoroso”, os senhores feudais, que permitiam que jovens cavaleiros habitassem sua corte, permitiam também que eles cortejassem sua esposa, sem, no entanto, concederem a primazia da conjunção carnal. O adultério era repreendido, mas se concedia o jogo de sedução como tática para fortalecer os laços conjugais entre esposa e senhor, bem como a autoridade do senhor sobre os cavaleiros mais jovens." Um dos intelectuais da Baixa Idade Média que refletiram sobre o amor cortês foi Bernardo de Claraval (1090-1153). A reflexão de Claraval deteve-se no aspecto obsessivo do desejo que estava implícito no amor cortês — uma forma desviada da alma de amar a Deus. O amor místico das almas por Cristo teria, na forma do amor cortês, canalizado-se para a figura do amante e, por isso, segundo Claraval, sempre se frustrava, haja vista que a pessoa amada nunca poderia corresponder à perfeição idealizada, já que a substância da perfeição era apenas divina. Como acentuou o pesquisador citado, José Maria Silva Rosa, “do ponto de vista de Bernardo de Claraval, a tragédia do amor cortês e de todo amor humano” é “visar à unidade dos amantes, mas não poder realizá-la”. No imaginário medieval, muitas canções populares elaboradas por trovares que habitavam as cortes tornaram-se famosas por tematizarem o amor cortês. Foi o caso de Roman de la Rose (Romance da Rosa), que começou a ser redigida, inicialmente, pelo poeta Guillaume de Lorris, por volta de 1230.

  • Renascimento: Características e Contexto Histórico

    O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político, surgido na Itália no século XIV e se estendeu até o século XVII por toda a Europa. Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações econômicas, o Renascimento reformulou a vida medieval, e deu início à Idade Moderna. Origem do Renascimento O termo Renascimento foi criado no séc. XVI para descrever o movimento artístico que surgiu um século antes. Posteriormente acabou designando as mudanças econômicas e políticas do período também e é muito contestado hoje em dia. Afinal, as cidades nunca desapareceram totalmente e os povos não deixaram de comercializar entre si, nem de usar moeda. Houve, sim, uma diminuição dessas atividades durante a Idade Média. Observamos, porém, que na Península Itálica várias cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma, dentre outras, se beneficiaram do comércio com o Oriente. Estas regiões se enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mar Mediterrâneo dando origem a uma rica burguesia mercantil. A fim de se afirmarem socialmente, estes comerciantes patrocinavam artistas e escritores, que inauguraram uma nova forma de fazer arte. A Igreja e nobreza também foram mecenas de artistas como Michelangelo, Domenico Ghirlandaio, Pietro della Francesa, entre muitos outros. Cultura renascentista Destacamos cinco características marcantes da cultura renascentista: Racionalismo - a razão era o único caminho para se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão e pela ciência. Cientificismo - para eles, todo conhecimento deveria ser demonstrado através da experiência científica. Individualismo – o ser humano buscava afirmar a sua própria personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer suas ambições, através da concepção de que o direito individual estava acima do direito coletivo. Antropocentrismo - colocando o homem como a suprema criação de Deus e como centro do universo. Classicismo – os artistas buscam sua inspiração na Antiguidade Clássica greco-romana para fazer suas obras. O Humanismo renascentista O humanismo foi um movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu na nas cidades da Península Itálica em meados do século XIV. O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. Por isso, os humanistas buscavam interpretar o cristianismo, utilizando escritos de autores da Antiguidade, como Platão. A religião não perdeu importância, mas foi questionada e daí surgiram novas correntes cristãs como o protestantismo. O estudo dos textos antigos, igualmente, despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo conhecimento das línguas clássicas como o latim e o grego. Desta forma, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos séculos seguintes, como os filósofos iluministas do século XVII. Renascimento literário O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles: Dante Alighieri: escritor italiano autor do grande poema "Divina Comédia". Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política onde o autor dá conselhos aos governadores da época. Shakespeare: considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Abordou em sua obra os conflitos humanos nas mais diversas dimensões: pessoais, sociais, políticas. Escreveu comédias e tragédias, como "Romeu e Julieta", "Macbeth", "A Megera Domada", "Otelo" e várias outras. Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica contundente da cavalaria medieval. Luís de Camões: teve destaque na literatura renascentista em Portugal, sendo autor do grande poema épico "Os Lusíadas". Renascimento artístico Os principais artistas do renascimento foram: Leonardo da Vinci: Matemático, físico, anatomista, inventor, arquiteto, escultor e pintor, ele foi o esteriótipo do homem renascentista que domina várias ciências. Por isso, é considerado um gênio absoluto. A Mona Lisa e A Última Ceia são suas obras primas. Rafael Sanzio: foi um mestre da pintura e famoso por saber transmitir sentimentos delicados através de suas imagens de Nossa Senhora. Uma de suas obras mais perfeitas é a Madona do Prado. Michelangelo: artista italiano cuja obra foi marcada pelo humanismo. Além de pintor foi um dos maiores escultores do Renascimento. Entre suas obras destacam-se a Pietá, David, A Criação de Adão e O Juízo Final. Também foi o responsável por pintar o teto da Capela Sistina. Renascimento científico O Renascimento foi marcado por importantes descobertas científicas, notadamente nos campos da astronomia, da física, da medicina, da matemática e da geografia. O polonês Nicolau Copérnico, que negou a teoria geocêntrica defendida pela Igreja, ao afirmar que "a Terra não é o centro do universo, mas simplesmente um planeta que gira em torno do Sol". Galileu Galilei descobriu os anéis de Saturno, as manchas solares, os satélites de Júpiter. Perseguido e ameaçado pela Igreja, Galileu foi obrigado a negar publicamente suas ideias e descobertas. Na medicina os conhecimentos avançaram com trabalhos e experiências sobre circulação sanguínea, métodos de cauterização e princípios gerais de anatomia. Renascimento comercial Todas essas inovações só foram possíveis graças ao crescimento comercial que houve na Idade Média. Quando as colheitas eram boas e sobravam alimentos estes eram vendidos em feiras itinerantes. Com o incremento comercial, os vendedores passaram a se fixar em determinados locais que ficou conhecido como burgo. Assim, quem morava no burgo foi chamado de burguês. Nas feiras era mais fácil usar moedas do que o sistema de trocas. No entanto, como cada feudo tinha sua própria moeda ficava difícil saber qual seria o valor correto. Dessa forma, surgiram pessoas especializadas na troca de moeda (câmbio), outras em fazer empréstimos e garantir pagamentos e que é a origem dos bancos. O dinheiro, então, passou a ser mais valorizado do que a terra e isso inaugurou uma nova forma de pensar e se relacionar em sociedade onde tudo seria medido pela quantidade de dinheiro que custava.

  • Claude Monet, meu pintor favorito

    Sou encantada por todas as telas de Monet, não apenas pela beleza, mas também pela técnica delicada das pinceladas rápidas, que captavam, de forma precisa, cada detalhe do momento. A sutileza de detalhes, as cores, trazem-me uma sensação de frescor e serenidade. Simplesmente divino! Claude Monet foi um pintor impressionista francês, considerado um dos mais importantes artistas do impressionismo. A característica mais marcante dessa escola artística são as pinturas ao ar livre. O termo “Impressionismo” surgiu devido sua obra “Impressão, nascer do sol”, de 1872. Isso porque na Exposição Impressionista realizada no ano de 1874, em Paris, o grupo de artistas foi chamado pejorativamente pelos críticos de “impressionistas”. Biografia Oscar-Claude Monet nasceu em Paris dia 14 de novembro de 1840. Passou sua infância na cidade de Le Havre, na Normandia. Seu pai era comerciante e desejava que seu filho seguisse seus passos. Entrou para a escola secundária de artes e com isso, seu interesse pela pintura cresceu ainda mais. Nesse momento, fez diversas caricaturas e seus desenhos já começaram a impressionar muita gente. Com a morte de sua mãe, Monet passou a morar com sua tia Marie-Jeanne Lecadre, também pintora e interessada em artes. Em 1863 aluga seu próprio estúdio em Paris e começa a participar de algumas exposições no Salão de Paris. Com a chegada da guerra franco-prussiana Monet vai morar em Londres com sua mulher e filho. Camille teve complicações na segunda gravidez e logo após o nascimento do segundo filho do casal, ela falece. Embora tenha tido dificuldades de vender sua arte, a partir de 1886, sua carreira começa a alavancar. Viajou para diversos países para se inspirar nas paisagens e vender suas obras. Em 1892, casa-se pela segunda vez com Alice Hoschedé. Mudou-se para Giverny com sua família e lá comprou uma casa às margens do rio. Monet continuou produzindo obras até a data de sua morte, embora tenha tido problemas de visão. Faleceu na cidade de Giverny, França, aos 86 anos, dia 5 de dezembro de 1926. Hoje, é possível visitar a casa que viveu e seus belos jardins. Obras Captar momentos ao livre relacionados com cenas cotidianas foi o maior foco de Monet. Além disso, realizou diversas séries onde ele apresenta a diferença de luminosidade em um mesmo local. Dono de uma vasta obra, Monet misturou técnicas de pinceladas sutis e mais rápidas em suas telas. As cores vivas e a luminosidade são características presentes em suas obras. Mulheres no Jardim (1866) Nenúfares (1904) Terraço em Sainte-Adresse. 1867 O Almoço. 1873 A Ponte Japonesa. 1900 “Eu devo ter flores, sempre e sempre.” -Claude Monet

  • Napoleão Bonaparte

    Biografia de Napoleão Bonaparte Napoleão Bonaparte (1769-1821) foi imperador da França entre 1804 e 1814 com o título de Napoleão I. Líder político, ditador e comandante do Exercito Francês, conquistou uma grande extensão territorial para a França. Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, capital da ilha de Córsega, França, no dia 15 de agosto de 1769. Filho de Carlos Maria Bonaparte e de Letízia Ramolino. Seu pai era jurista, formado em Pisa, Itália, e sua mãe era descendente de uma família de pequena nobreza de Ligúria, Itália. Era o segundo filho de uma família de sete irmãos. Carreira Militar e a Revolução Francesa Napoleão iniciou seus estudos em sua cidade natal e, com 10 anos de idade ingressou no colégio militar de Brienne, na França. Em 1784 ingressou na Escola Real Militar de Paris, onde começou sua carreira. Aos 16 anos de idade já era subtenente de artilharia. Em 1789, teve início a Revolução Francesa, que levou a França a passar por profundas modificações políticas, sociais e econômicas. A aristocracia do Antigo Regime perdeu seus privilégios, libertando os camponeses dos antigos laços que os prendiam aos nobres e ao clero. Foi a alavanca que levou a França do regime feudal para o capitalista. No dia 21 de janeiro de 1793, o rei Luís XVI foi guilhotinado na Praça da Revolução em Paris. No dia 2 de junho de 1793, os jacobinos (representantes da média e da pequena burguesia e das classes populares) tomam a Convenção Nacional. Fiel à monarquia à disciplina militar, Napoleão condenou a insurgência popular ocorrida na Revolução Francesa, mas aos poucos, os soldados de seu destacamento começaram a juntar-se aos patriotas na defesa dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Napoleão mudou de lado e entrou para o partido dos jacobinos. Nessa época, já realizava missões secundárias pelo interior da França. Ainda em 1793, Napoleão teve sua grande oportunidade em Toulon. A cidade se rebelara contra o novo governo republicano do país. O comandante da artilharia local foi ferido na batalha e Napoleão assumiu o comando. Derrotou os revoltosos, sendo nomeado general de brigada, com apenas 24 anos. No dia 4 de outubro de 1795, Napoleão venceu mais uma batalha, na revolta dos partidários da monarquia. Em consequência recebeu nova patente, foi nomeado comandante do Exército Francês. Nessa época conheceu Josefina Beauharnias, viúva de um general guilhotinado na Revolução. No dia 9 de março de 1796, casa-se com Josefina. Dois dias depois de casado, Napoleão partiu para a guerra na Itália, onde revelou seu extraordinário gênio militar. No comando do exército, derrotou as tropas da Itália e da Áustria, derrubando os velhos regimes monárquicos e obtendo importantes conquistas territoriais para a França. O Golpe e a Instalação do Consulado A insatisfação na França era grande, a burguesia se ressentia da instabilidade social e política. Em 1799, o partido da alta burguesia (os girondinos) aliou-se a Napoleão e juntos deram um golpe derrubando o Diretório, que ficou conhecido como “golpe de 18 Brumário” (9 de novembro de 1799). Napoleão foi nomeado Primeiro Cônsul, depois Cônsul Vitalício. Em 1804, aclamado pelo povo e sagrado pelo papa, Napoleão se nomeou Imperador da França. Napoleão foi coroado na catedral de Notre-Dame, pelo Papa Pio VII, com o título de Napoleão I. Nesse mesmo ano, foi promulgado o Código Civil Napoleônico, inspirado no direito romano. Napoleão Bonaparte cercou-se de uma corte suntuosa, os generais e os altos funcionários receberam títulos de nobreza. Seus irmãos, são nomeados monarcas: Joseph torna-se rei de Nápoles, Louis rei da Holanda, Jerôme rei da Westfália. Elisa, sua irmã torna-se grã-duquesa de Toscana. Sem ter filhos para sucedê-lo, Napoleão separa-se de Josefina, e casa-se com Maria Luísa da Áustria, filha de Francisco II e irmã de D. Leopoldina, esposa de D. Pedro I. Enfim, teve um filho, mas teve uma vida breve. Império Napoleônico Como imperador da França, Napoleão implantou uma ditadura sem disfarce, voltada para o atendimento e defesa dos interesses da burguesia. As liberdades políticas, individuais e de pensamento foram aniquiladas. Tudo estava sob seu controle, a educação, a imprensa, intelectuais, estudantes, operários etc. Tentando transformar a França em uma potência industrial e destruir a prosperidade britânica, Napoleão entrou em guerra com várias coligações militares lideradas pela Inglaterra. Em pouco tempo, seu exército conquistou a Itália, os Países Baixos, a Polônia e vários principados da Alemanha. Em 1806, na tentativa de arruinar a Inglaterra, decreta o Bloqueio Continental. Em 1808, usurpa o trono espanhol e nomeia seu irmão José Bonaparte como rei da Espanha. Em 1812, com mais de 600 mil homens, Napoleão invade a Rússia, mas encontra Moscou incendiada. Sem a base de apoio, enfrenta um inverno rigoroso e a resistência do povo. Vencido, retira-se. As esposas de Napoleão Primeira esposa: Josefina de Beauharnais (1763-1814). Josefina nasceu na Martinica, filha de grandes plantadores de cana de açúcar. De longe, ela sonhava com liberdade, Paris e Versailles. Aos 16 anos ela se casou com Alexandre de Beauharnais, um amigo da familia, com quem terá dois filhos: Eugène e Hortense. Eles se mudaram para Paris e imediatamente ela foi aceita pelas famílias nobres. Alguns anos mais tarde seu marido morre, guilhotinado pelo revolução. Viúva, pobre e com dois filhos, Josefina foi obrigada a fazer uso das suas conexões para sobreviver. Josefina se vestia muito bem e vivia coberta de dívidas, situação que ela resolvia usando relações e favores. Aos 32 anos ela encontrou pela primeira vez Napoleão. Neste encontro, seu filho Eugène, de 14 anos, pede ao futuro imperador a espada do pai guilhotinado. Napoleão, sensibilizado, entregou o objeto ao filho e se apaixonou pela mãe. Josefina viu nesta paixão a solução dos seus problemas financeiros. Eles se casaram no civil e ela continuou sua vida mundana, mal vista pela opinião pública e pela família Bonaparte. Ainda apaixonado por Josefina, Bonaparte se tornou Napoleão I, Imperador da França. Ele adotou seus filhos, a proclamou Imperatriz na catedral Notre Dame de Paris e a cobriu de presentes, entre eles o castelo Malmaison. Joséphine se tornou embaixatriz da elegância e da distinção francesa e realizou, assim, o sonho de Napoleão de fazer da sua corte a mais grandiosa da Europa. Ela encarnou com grande naturalidade o papel de soberana e deu ao império militar de Napoleão uma face feminina. Josefina, já com idade avançada, não conseguiu dar um herdeiro ao trono. Ela tentou uma solução casando sua filha Hortense com Louis, irmão de Napoleão. O filho deste casal, neto de Josefina e sobrinho de Napoleão, será mais tarde o Imperador Napoleon III. A situação do casal se desloca até o divórcio público. Grand Seigneur ele deixa com ela o título de imperatriz e Malmaison, onde ela se recolhe para cuidar dos netos e do jardim. Segunda esposa: Maria Luísa de Áustria (1791-1847 Napoleão Bonaparte, livre de Josefina e de amantes, casou-se oficialmente, em 11 de março de 1810, com Maria Luísa de Áustria (1791-1847), irmã de Maria Leopoldina (1797-1826), esposa de Dom Pedro 1° do Brasil (1822-1831) ou Pedro IV de Portugal (de março a maio de 1826). Foi uma esposa discreta, caseira, devota, obediente, dedicada, totalmente ao contrário do estilo de Josefina. Conseguiu rapidamente ficar grávida, dando à luz, no dia 20 de março de 1811 de um herdeiro para França, Napoléon François Charles Joseph Bonaparte (1811-1832), ou simplesmente Napoleão II da França, rei de Roma. Após Napoleão perder a guerra para os Russos em 1812 e obrigado a se exilar em abril de 1814, na ilha de Elba, na Itália, Maria Luíza fugindo das perseguições dos monarquistas que se instalaram no poder com a subida ao trono do rei Luís XVIII (1814/1815-1824) sobrevivente da guilhotina, fugiu com seu filho Napoleão II, para corte de Viena, para se encontrar com o seu pai, o imperador da Áustria, Francisco I (1768-1835). Chegando muito febril e precisando de descanso, seu pai lhe enviou para repousar numa estação termal da Aix-les-Bains (Saboia), acompanhada pelo general austríaco Adão Adalberto von Neipperg (1765-1829). O propósito do pai na verdade era afastá-la definitivamente de Napoleão, que ainda se encontrava na ilha de Elba esperando por sua vinda. O general seguindo ordens cumpriu bem sua missão, a seduziu com seu charme, até conquistá-la definitivamente. E ela bem apaixonada por seu novo protetor, com medo de represálias dos franceses e de Napoleão por estar lhe traindo. Ela continuou vivendo na Áustria, com ao lado de Adão Adalberto e do seu pai, Francisco mesmo sabendo que Napoleão, depois dos dez meses de exílio na ilha de Elba, havia retornado a Paris (20 de março de 1815) retomando o seu trono. Napoleão sem muito tempo para resolver esse “probleminha” partiu em junho de 1815, guerrear contra a coligação anglo-prussiana, em Warteloo, na Bélgica. Com mais uma derrota foi obrigado a partir para o exílio, na ilha de Santa Helena, onde morreu em 5 de maio de 1821, aos 51 anos, sem nunca mais ter visto sua Maria Luísa e o filho, Napoleão II. Em 8 de agosto de 1821, quatro meses depois da morte de Napoleão, Maria Luíza se casou finalmente com Adam Albert, conde de Neipperg, e tornou-se duquesa de Parma, (Itália), cidade onde passou a morar com seu novo marido. Maria Luísa, com a morte de Adam, em 1829, viúva pela segunda vez ficou livre para um novo casamento em 17 de fevereiro de 1834, casando-se com o militar francês, Charles-René de Bombelles (1785-1856), capitão de infantaria austríaca, que tornou-se com essa união morganático, Ministro da Defesa da Áustria. Maria Luísa morreu em Parma, por infecção nas pleuras (pleurisia), no dia 17 de dezembro de 1847, aos 56 anos. Prisão e morte No dia 15 de outubro de 1815, Napoleão Bonaparte foi preso e exilado pelos britânicos na ilha de Santa Helena, na costa da África. O líder político francês passou os últimos seis anos de sua vida confinado neste local. Uma autópsia concluiu que ele morreu de câncer no estômago, mas existe suspeitas de um longo e lento envenenamento por arsênio.

  • Um casal à moda antiga

    Estou aqui para expressar um dos sentimentos mais bonitos e complexos que já conheci. Na verdade, eu não o conheço completamente (e provavelmente nem conhecerei), mas estou vivendo e a cada dia aprendo mais sobre seu significado: o AMOR. Conforme o Aurélio, a palavra AMOR, significa: 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem . 2. Sentimento de dedicação de um ser a outro. 3. Afeição, amizade, desejo, simpatia. 4. O objeto do amor. Sem dúvida, uma definição rápida, clara e muito complexa. É difícil acreditar que todos estes substantivos abstratos possam se juntar num só sentimento concreto, mas felizmente acontece. Ele torce por mim. Torço por ele. Ele conta os segredos dele para mim. Eu conto os meus para ele. Ele se preocupa comigo. Eu me preocupo com ele. Ele cuida de mim. Eu cuido dele. “Pequenas” coisas que nos estimulam a "brigar" pelo bem, a fazer o melhor, a persistir no que pode dar certo (…) e que nos fazem crescer como pessoas. viva o amor e deixe-o te guiar ao perfeito e vivo caminho. Para resumir o conceito de amor à moda antiga em uma palavra: compromisso. Quando você tem um compromisso com uma outra pessoa e zela por ela, você se propõe a fazer de tudo para manter sua palavra. Esses princípios nunca estão fora de moda. Eu escolheria o meu amado mil vezes mais e eu estarei com ele nos bons e maus momentos da nossa vida.


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